quarta-feira, 16 de maio de 2012

"REPARAÇÃO" MOSTRA QUE O "OUTRO LADO" NÃO É BOBAGEM



O filme de Daniel Moreno trata do caso de Orlando Lovecchio, um cidadão que foi vítima da violência da luta armada e teve uma perna amputada num atentado a bomba praticado pela guerrilha que atuava no Brasil no século passado.
“Reparação” é o título do documentário de longa-metragem que conta sua história e mostra a versão do "OUTRO LADO" que alguns integrantes da "Comissão da Verdade", indicados pela presidente Dilma Rousseff, hostilizam e querem impedir que se manifeste.
Orlando perdeu a perna no atentado ao Consulado dos EUA em São Paulo e, ainda hoje, luta por justiça: como não é considerado uma vítima da ditadura militar, a aposentadoria que recebe é menor que a do autor do atentado.

O historiador Marco Antonio Villa lembra, no documentário, que o AI-5 foi decretado após uma série de atentados e que não houve nenhuma manifestação contra o Ato que suspendia várias garantias constitucionais, entre as quais o artigo 10 que suspendia a garantia de habeas corpus, nos casos de crimes políticos, contra a segurança nacional, a ordem econômica e social e a economia popular.
Na verdade, havia um certo cansaço em relação àquelas manifestações, a violência dos atentados assustavam a população.

Villa desmonta, também, a versão de que a luta armada surgiu da necessidade de combater a ditadura, pois não havia qualquer perspectiva no campo democrático, por meio de processo eleitoral, em suas ações, apenas apostavam no conflito armado.
Justamente por esse motivo, ninguém tinha simpatia, à época, pelos grupos terroristas, pois não defendiam nenhum interesse da população, apenas pretendiam impor o poder do proletariado nos moldes de Cuba.

Com depoimentos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do historiador Marco Antonio Villa, do jornalista Demétrio Magnolli, entre outros, Reparação pretende iniciar uma nova discussão sobre o período militar dentro do contexto do Cinema Brasileiro, que até hoje tem mostrado apenas um lado dos que viveram naquele período. E o mesmo pode acontecer com a Comissão da Verdade.

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